EDITORIAL


Armindo Veloso




Liberdade e isenção

Para responder a um pedido de uma entidade de Braga, fomos ao nosso arquivo catar os jornais imediatamente posteriores à revolução que daria origem à implantação da República em Portugal. Faz 100 anos a 5 de Outubro.
Nós, os que andamos nestas lides todos os dias, por vezes nem damos conta da importância que tem uma instituição, neste caso um jornal, como o Maria da Fonte que já tem 124 anos feitos.
Ao pegar em jornais quebradiços e ler o que se lê escrito há 100 anos, ficamos com um friozinho na espinha e fazemos uma pergunta a nós próprios: será que temos estado à altura da história deste jornal?
A resposta não é fácil.
A mais garantida e verdadeira será dizer que, para uns, sim e, para outros, não.
Uma coisa é certa, que eu saiba, a palavra liberdade esteve sempre associada a este jornal. É claramente o ponto de honra de quem o faz nos dias de hoje.
Quando temos a certeza do que dizemos e verificamos ressentimentos absurdos por parte de alguns sem o mínimo fundamento, o que fazer?
Há pessoas que confundem liberdade com isenção. A liberdade pode existir sem a isenção. Já a isenção não vive sem a liberdade.
Por outras palavras, se eu cedo espaço no jornal a todos os que queiram emitir a sua opinião seja ela qual for, eu estou a fazer um jornal livre.
Mas, dentro desse espírito “sagrado”, ao distribuir essa matéria, livre, eu estou a seguir um critério de espaço, localização e destaque que é meu, subjectivo, logo não isento.
Não há ninguém que consiga fugir a este dilema.
Por aquilo que disse atrás, o Maria da Fonte, e todos os outros meios livres, é um jornal livre mas, como é feito por pessoas, com opinião, não é um jornal isento. Só o seria se fosse feito por máquinas, irracionais.
Quando nos privam, voluntariamente, de informação, partidária por exemplo, alegando a falta de isenção, estão a ser cobardes porque sabem que não têm a mínima hipótese de pôr em causa a nossa liberdade.
Até um dia destes.


CASTELO

Educação


A inauguração do Centro Educativo do Cávado, localizado na freguesia de Monsul, é, sem dúvida alguma, um dos momentos de grande si-gnificado para a população do baixo concelho. A partir do dia 25 de Setembro, as crianças das dez freguesias do passam a usufruir de excelentes condições de aprendizagem. O edifício, construído de raiz, alberga as crianças do pré-escolar e primeiro ciclo. No mesmo espaço, os mais pequenos dispõem de salas de aula devidamente equipadas com quadros interactivos, biblioteca, recreio coberto e descoberto, sala das novas tecnologias de informação, cantina e refeitório, entre outras.


CASTELO DE AREIA
Trânsito


O desrespeito à sinalização colocada na Rua Dr. Gonçalo Sampaio, na vila da Póvoa de Lanhoso, foi trazido a público na última Assembleia Municipal. A circulação em contra-mão e em velocidade excessiva foi também apontada. Naquela ocasião, o deputado socialista relatou algumas das situações ali verificadas e alertou para a necessidade de se avaliar a postura de trânsito em vigor. No seguimento daquela intervenção, um dos deputados do PSD, que integra a comissão de trânsito e toponímia, deu conta do levantamento dos pontos negros da vila que está a ser realizado no seio daquela comissão que pretende, também, reunir com outras entidades, a fim de recolher contributos.

Póvoa de Lanhoso


Oferta de livros
abrangeu 1100 alunos

A oferta dos manuais escolares aos alunos do 1.º ciclo de ensino básico foi uma das novidades apresentadas pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso no arranque deste ano lectivo. O investimento, que ascende a 35 mil euros, contempla os cerca de 1100 alunos que integram as turmas do 1.º ciclo de ensino básico do concelho da Póvoa de Lanhoso.
No dia 15 de Setembro, as escolas do 1.º ciclo de Taíde e Monsul receberam a visita do presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel José Baptista, e da vereadora da Educação, Gabriela Fonseca, que ali se deslocaram para proceder à entrega dos manuais escolares aos 150 alunos que frequentam aqueles estabelecimentos de ensino.
Dando conta de que a oferta dos manuais escolares integrou o manifesto eleitoral da sua candidatura, Manuel José Baptista frisou que, para além desta medida, a autarquia procedeu ao reforço e à introdução de novas medidas, ajudando, dessa forma, as famílias mais carenciadas e possibilitando que todos os alunos tenham as mesmas condições para estudar. O reforço do número de bolsas de estudos atribuídas aos alunos do ensino secundário e superior, a acção social escolar e a oferta de kits escolares foram algumas das medidas destacadas pelo presidente do município povoense.

“Serem bons alunos”

No final da entrega dos manuais, na escola EB 1 de Taíde, o autarca Manuel José Baptista incentivou as crianças a “serem bons alunos, respeitarem os professores, estimarem os manuais escolares e terem orgulho nos pais”. “Sei que para muitos agregados escolares esta ajuda é muito importante”, disse o autarca. A par disso, e na presença de responsáveis do Agrupamento Vertical de Escolas do Ave, o presidente da Câmara Municipal deu conta do grande investimento feito, nos últimos dois anos, nos centros educativos, afirmando que a autarquia está em condições de apresentar o próximo centro educativo, que ficará localizado em Taíde e resultará da ampliação da Escola EB 2,3 que passará a acolher as crianças do 1.º ciclo...

EPAVE acolheu arranque
oficial do ano escolar

A EPAVE – Escola Profissional do Alto Ave, na Póvoa de Lanhoso, acolheu, no dia 13 de Setembro, a cerimónia de abertura do ano escolar no concelho da Póvoa de Lanhoso. O acto contou, entre outros, com a entrega de prémio de mérito a Soraia Vale Martins, aluna do curso de Comunicação e Marketing, contemplada com um cheque no valor de 500 euros, atribuído pelo Ministério da Educação.
Naquela ocasião, Gabriela Fonseca, vereadora da Educação da autarquia povoense, realçou a abertura do Centro Educativo do Cávado, em Monsul, no sábado, dia 25 de Setembro, e o alargamento da acção social escolar, com a entrega gratuita, por parte da autarquia, dos manuais escolares a todos os alunos do primeiro ciclo do concelho como as principais novidades do arranque do ano escolar.
A responsável pela pasta da educação, que assume também as funções de presidente do Conselho de Gerência da EPAVE, deixou “uma palavra de confiança na direcção-geral e na direcção pedagógica pois têm desenvolvido um trabalho que tem permitido afirmar a escola”. Esta confiança estendeu-se, ainda ao corpo de professores e restantes colaboradores. “Sei que dão o melhor para aumentar os índices de sucesso da EPAVE”, vincou Gabriela Fonseca...
Câmara Municipal premiada pela
sua intervenção com as famílias

A Câmara Município da Póvoa de Lanhoso foi distinguida, quarta-feira, dia 22 de Setembro, como uma das autarquias mais familiarmente responsáveis. A distinção, com a entrega de uma bandeira, partiu do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis e teve lugar em Coimbra, na sede da Associação Nacional de Municípios Portugueses. O município da Póvoa de Lanhoso foi um dos municípios portugueses que mais se destacou no tocante a políticas de apoio às famílias e o reforço de medidas a famílias numerosas. Recorde-se que por “Autarquia Familiarmente Responsável para os munícipes, entende-se aquela que adopta medidas integradas de apoio nos diferentes domínios da vida das famílias, nomeadamente nas áreas da intervenção social, no fornecimento de serviços básicos, na educação/formação, na cultura/lazer, desporto e tempos livres, na habitação, no ambiente, entre outros”.
De entre os objectivos do Observatório das Famílias Familiarmente Responsáveis encontramos o de potenciar a experiência obtida por uns municípios em benefício dos outros bem como, colocar ao dispor das autarquias uma equipa pluridisciplinar que, com experiência nos âmbitos da família e das autarquias, possa contribuir positivamente para a avaliação de medidas nesta área, quer previamente quer a posteriori...
Vigilâncias das florestas
prolongada até ao final do mês

Ao invés de terminar a 15 de Setembro, o programa “Voluntariado Jovem para as Florestas” estende-se até final do mês de Setembro, numa proposta do Instituto Português de Juventude à qual respondeu afirmativamente a autarquia da Póvoa de Lanhoso. O elevado número de ignições registadas no concelho foi uma das razões que levou a autarquia povoense a aceitar, desde logo, o prolongamento daquele programa.
Os jovens do concelho participam, mais uma vez, na vigilância das florestas do concelho da Póvoa de Lanhoso. De acordo com dados fornecidos pela autarquia, de 2006 até 2009, mais de 300 jovens da Póvoa de Lanhoso participaram no programa.
” Sob o lema “Póvoa vigiada, Póvoa protegida - 2010”, pretende-se apelar à mobilização dos jovens para a preservação dos recursos naturais e, mais especificamente, da floresta do nosso concelho, através da consciencialização de que é necessário preservar a floresta com um sentido de bem comunitário e de partilha que os espaços florestais representam nas comunidades, dos quais os jovens serão futuramente os seus gestores e fiéis depositários. Por outro lado, é necessário reduzir o flagelo dos incêndios através de acções de prevenção”, refere a Câmara Municipal...
Ministra da Cultura presente na
apresentação de ‘Com os Olhos nas Mãos’

No dia de hoje, sexta-feira, dia 24 de Setembro, a Póvoa de Lanhoso recebe, pelas 17 horas, a visita da Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, que preside à cerimónia de apresentação da campanha solidária “Com os Olhos nas Mãos”, um projecto de responsabilidade social da empresa Ouronor, de Travassos, que visa apoiar actividade da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga (AADVDB).
Segundo apuramos, a campanha resulta de um projecto de responsabilidade social da prestigiada empresa de ourivesaria e joalharia Ouronor, Lda., sediada na freguesia de Travassos visa apoiar a actividade da AADVDB.
“Conhecedora do trabalho em prol da comunidade invisual do distrito de Braga desenvolvido pela Associação, e para promover a responsabi-lidade social e a igualdade de oportunidades perante o seu meio envol- vente, a Ouronor decidiu desenvolver e comercializar uma peça de ourivesaria, revertendo 12% das vendas a favor da AADVDB”, destaca Aida Maria, do Conselho de Administração daquela empresa...
Póvoa de Lanhoso recebe
abertura regional do ano escutista

“O Horizonte da Palavra: Ser Testemunho!” é o tema do novo ano escutista cuja abertura decorre no dia 10 de Outubro, na Póvoa de Lanhoso, num dia que ficará também marcado pela inauguração da sede do Núcleo do CNE da Póvoa de Lanhoso.
“Queremos ser testemunho, dando um pouco de nós para os outros! Com Madre Teresa lancemos o olhar para lá do horizonte e vamos comprometer-nos com novas causas, ser solidários”, refere Ivo Faria, chefe regional.
No seguimento da dinâmica do ano passado, os escutistas da região de Braga vão constituir pequenos grupos de agrupamentos, que têm como objectivo construir brinquedos tradicionais para entregar a instituições de solidariedade social. Caso as condições atmosféricas o permitam, são esperados milhares de escuteiros na Póvoa de Lanhoso neste arranque do ano escutista.
No final do eucarista, segue-se uma recepção, nos Paços do Concelho, e a inauguração da sede do Núcleo do CNE da Póvoa de Lanhoso. Para assinalar a abertura do novo ano escutista foi elaborado um programa, ainda provisório, com diversas actividades, das quais se salienta:
- 9 horas – Recepção dos agrupamentos.
- 10 horas – Eucaristia
- 11h30 – Início do Jogo “Testemunho Solidário”
- Almoço
- 15 horas – Final do Jogo
- 15h30 – Festa de encerramento da actividade
- 17 horas – Canção do Adeus

ENTREVISTA a Alberto Pinho, Presidente do RCPL


Universidade Sénior
é o grande projecto do Rotary
da Póvoa de Lanhoso


O dia 24 de Setembro de 2010 será um dos dias mais marcantes do Rotary Club da Póvoa de Lanhoso. Neste dia, o clube rotário povoense apresenta, de forma solene, a Universidade Sénior, num projecto que conta com a colaboração da Câmara Municipal e da Associação “Em Diálogo”. Num momento importante da vida do clube rotário povoense, o “Maria da Fonte” conversou com Alberto Pinho, presidente do Rotary Club da Póvoa de Lanhoso, que deu a conhecer, mais em pormenor, a Universidade Sénior, assim como as actividades realizadas pelos rotários povoenses.

Maria da Fonte - Como surgiu a vinda para o Rotary Club da Póvoa de Lanhoso?
Alberto Pinho - Sou rotário desde Junho de 1990 e comecei no Rotary Club Porto Foz, do qual sou sócio fundador. Nasci e vivi na Foz do Douro até vir para o concelho da Póvoa de Lanhoso. Estou reformado da minha actividade, era agente de navegação e transitário, no Porto, e embora tenha uma empresa de exportação de produtos alimentares, vim viver para S. Martinho do Campo. Por esse facto, transferi-me para o Rotary Club da Póvoa de Lanhoso. Gosto do Rotary e dos seus princípios, pois Rotary é constituído por um grupo de pessoas que faz bem ao próximo, luta por obter um conjunto de benefícios para a comunidade, não só local mas também internacional. Como gosto, não perdi a oportunidade para me inscrever no Rotary Club da Póvoa de Lanhoso. Quanto ao facto de ser presidente, a escolha não é minha e não me ofereci para isso. A selecção é feita pelos sócios do clube que, todos os anos, elegem um presidente que constitui o seu grupo de trabalho e forma o seu conselho director. Cada um dos elementos tem a sua função dentro do clube e para o exterior. Como me convidaram para ser presidente do clube, eu aceitei, e é com todo o gosto e empenho que estou a desenvolver a minha actividade no Rotary Club da Póvoa de Lanhoso.

MF - Há quantos anos está no concelho?
AP - Estou a viver em S. Martinho do Campo há pouco mais de um ano, embora as minhas raízes familiares, por parte de minha mãe, sejam de S. Martinho do Campo e Louredo. É com muito gosto que estou na terra da minha mãe.

MF - O que o levou a aderir ao movimento rotário?
AP - Foi o meu espírito de solidariedade. Não é uma questão de vaidade mas sim uma questão de educação, uma vez que fui educado assim, a ajudar o próximo, a apoiar e ser solidário com o próximo. Em rotary, há projectos internacionais, como a erradicação da poliomielite, que praticamente não existe graças ao rotary internacional e aos apoios que os vários clubes dão para esse efeito. O lema deste ano é precisamente, Fortalecer Comunidades – Unir Continentes. Este lema só pode ser atingido se, antes, começarmos por apoiar as instituições locais e desenvolvermos projectos que sirvam a comunidade...

Elementos podem entrar para o clube por sugestão de elementos já partencentes


“Dedicação e o amor à causa são virtudes essenciais para pertencer a um clube rotário”

MF - O que se pretende com a Universidade Sénior?

AP - O objectivo principal é a ocupação das pessoas com uma determinada idade. As pessoas chegam à idade da reforma mas devem continuar com uma actividade, mental e física, para que não envelheça tão rapidamente. Não quer isto dizer que a Universidade Sénior é para velhos. Destina-se a pessoas menos jovens que estão desocupadas e têm a possibilidade de passar o seu tempo, instruindo-se, relembrando aquilo que já aprenderam e adquirindo novos conhecimentos. A estas actividades, juntam-se ainda actividades físicas, como a natação e a hidroginástica, que irão contribuir para manter a mobilidade das pessoas.

MF - Que disciplinas ou temas os alunos podem encontrar?
AP - Inicialmente, vamos ter o desenvolvimento da língua portuguesa, tal como cultura geral e popular e história. A língua estrangeira será o Inglês. Novas tecnologias como, por exemplo, a informática. Saúde e Teologia e, ainda, passeios temáticos, com visitas históricas ou de diversão. Vamos tentar ocupar as pessoas nos seus tempos livres.

MF - Em que dias vai funcionar?
AP - Temos aulas todos os dias e, à quarta-feira, de manhã, a aula de ginástica/hidroginástica. As aulas temáticas são à tarde, entre as 16h30 e as 18h30. O horário poderá ser flexível, desde que acordado com o Conselho Pedagógico.

MF - Muitas das iniciativas realizadas pelo clube rotário não chegam ao exterior. Concorda com uma maior abertura por parte do Rotary?
AP - Em Rotary nada é segredo. Acho que o rotary tem de ter mais contacto com a comunicação social para que os seus projectos e a sua vida interna sejam transmitidos para o exterior. De um modo geral, e não é só na Póvoa de Lanhoso, verifica-se essa situação, de o cidadão comum não ter conhecimento das actividades do rotary. Em cada mês há um tema. No próximo mês de Outubro, vamos prestar a homenagem ao profissional. Ainda não está definido qual será a profissão a homenagear e qual a pessoa a quem será prestada homenagem.

MF A cerimónia de homenagem ao profissional é um dos momentos marcantes do ano. Que outras iniciativas destaca?
AP - Há vários momentos marcantes em rotary. O principal é a visita do governador, que ocorreu no início deste mês. A esta, junta-se o aniversário do clube e a cerimónia de transmissão de tarefas, no final de Junho ou início de Julho, ocasião em que termina o ano rotário e muda o conselho director. Para o próximo ano, já temos indicado o presidente, o qual será o dr. António Lourenço, comandante dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso. Esses são os pontos mais marcantes mas, ao longo do ano, realizamos várias palestras associadas ao tema de cada mês...

Derrota deixou povoenses fora da competição

Maria da Fonte disse
adeus à Taça de Portugal

Uma derrota, por 2-0, frente ao Pinhalnovense, afastou a formação do Maria da Fonte da Taça de Portugal, num jogo respeitante à 2.º eliminatória. Recorde-se que, o Maria da Fonte foi uma das equipas isentas aquando da 1.º eliminatória, transitando, directamente, para a segunda etapa da prova.
Na deslocação ao Pinhal Novo, no concelho de Palmela, o Maria da Fonte não foi feliz e saiu derrotado do encontro, colocando, assim, um ponto final na sua participação na Taça de Portugal. Frente a frente estiveram duas equipas que militam em escalões diferentes do futebol nacional. De um lado, o Pinhalnovense, equipa que presta serviço na II Divisão Nacional, zona sul, e, do outro lado, a formação do Maria da Fonte, que integra a série A da III Nacional.
O primeiro golo da formação de Pinhal Novo, aos 6 minutos, resultou de um lance irregular, com o árbitro do encontro a não ver o domínio da bola com o braço por parte de Pedro Dionísio, autor do primeiro golo do encontro. O médio do Pinhalnovense dominou a bola com o braço e bateu Rui Vieira, colocando a formação da casa em vantagem. Por volta do primeiro quarto de hora de jogo, os ferros da baliza de Rui Vieira tremeram, com Miran a ter tudo para fazer o golo mas o remate embateu no poste direito da baliza do Maria da Fonte. Por esta ocasião, Dany era o jogador mais esclarecido da turma marifontista.
Aos 41 minutos, novo balde de água para o Maria da Fonte, com o árbitro do encontro a assinalar grande penalidade cometida por Ricardo Fernandes sobre Miran que, na conversão, atirou a bola ao poste da baliza marifontista...

Cem anos de República (17)

O silvo da locomotiva
da emigração e falência

Deixamos para trás – como preciosa herança de D. Maria II, Mouzinho da Silveira ou Barjona de Freitas - três décadas de grande ascensão industrial. Mas Portugal é assim: o período de ouro degenera em crise e, neste caso, fomentou a emigração para o Brasil e alimentou o levantamento republicano. Os românticos Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Júlio Dinis deram-nos um intervalo de crescimento e de sonhos que abriu as portas à turbulência anunciada por Camilo cuja cegueira iluminava o realismo de Eça de Queirós, aconchegado nas Farpas de Ramalho Ortigão. O antigo regime dos frades e dos nobres dava lugar à sociedade dos barões. Almeida Garret diz-nos isso mesmo em “As viagens da minha terra” quando escreve: “frades… frades… Eu não gosto de frades.”
No entanto, “é muito mais poético o frade que o barão” – prosseguia o fundador do romantismo português que se interrogava: “como havemos nós de matar o barão?” porque os barões “são a moléstia deste século, não os jesuítas”. Estas palavras a traduzem a afirmação dos burgueses na sociedade portuguesa bem descritos em “A morgadinha” de Júlio Dinis em que o professor primário, o médico e o padre constituem a oligarquia política corrupta que falsifica os resultados eleitorais perante a profunda ignorância das maiorias rurais e a contra-ofensiva do clero regular.
É verdade que Júlio Dinis valoriza o trabalho agrícola n’”Os Fidalgos da Casa Mourisca” mas todo o seu ideário acaba vergado ao caudal da obra do temperamental Camilo Castelo Branco cuja obra retrata com cruel simplicidade as últimas prepotências de uma sociedade ainda feudalizada.

Revolução cultural

A persistência dos morgadios e velhos preconceitos e classe no Entre Douro-e-Minho são eloquentemente ridicularizados em grande parte da obra do Cego de Seide com a antipatia ge-nética ao Brasileiro, ao espírito burguês, à caça ao lucro e do dote, com uma vi- da que nenhum outro ficcionista voltou a captar (cf. António José Barreiros, in História da Literatura Portuguesa, Vol. II, Ed. Pax, Braga, p-406). Quase todas as grandes obras de Camilo – de sarcasmo social – se passam no período entre as Invasões francesas e a governança de Mouzinho da Silveira, que desferiu um golpe fatal em muitos usos e costumes dependentes do morgadio, as classes sociais altas e os seus vínculos.
As mudanças no ensino primário e secundário, com Passos Manuel, enriquecido com escolas superiores, as transformações da sensibilidade nas artes (veja-se o Palácio do Buçaco ou o Campo pequeno) de que são expoentes “O Desterrado” de Soares dos Reis ou “A Viúva” de Teixeira Lopes, o surgir de grandes pintores (como Alfredo Keill e Visconde de Menezes), o aparecimento de poetas como Teixeira de Pascoaes são consequência de um período de ouro que é interrompido nas últimas décadas do Século XIX e precipita a República...

EDITORIAL


Armindo Veloso




Motivação

Tive a oportunidade de privar com alguns casais espanhóis neste mês de Agosto.
Como as horas de convívio foram muitas, falou-se de tudo um pouco e o tema futebol não ficou de lado. Nenhuma das oito pessoas em causa era adepto do Sevilha e, sendo assim, as opiniões eram mais credíveis.
Quando se falou da eliminatória que opunha o S.C. Braga ao Sevilha para a Liga dos Campeões – estas conversas tiveram lugar antes desses jogos – a opinião, unânime, deles, que não divergia da minha, era que o Braga não tinha qualquer hipótese de passar. Argumentavam que o Sevilha era uma grande equipa, neste momento a terceira de Espanha, e que tinha uma estrutura anos/luz superior à do Braga — lembremos que o S.C. Braga tem um orçamento anual que é 10% do do Sevilha — o que lhe permitiria, por muito mal que corresse, passar a eliminatória.
O que se passou nem vale a pena falar, uma vez que é do conhecimento de todos.
Uma grande lição para eles e para mim.
Se é certo que há grandes decisões e transformações nas nossas vidas que são fruto de pequenos momentos – o que se teria passado se na primeira parte em Braga, onde o Sevilha sobranceiramente desfilou a sua classe, a bola que embateu no poste aos dois minutos tivesse entrado? —, não remetamos este resultado para o acaso. A adrenalina faz milagres.
A motivação, à mistura com os tais instantes, dá cabo de todos os prognósticos que se possam fazer. Quem já não viveu momentos onde se leva tudo à frente, derrubando obstáculos antes impensáveis? Quem já não viveu momentos onde um pequeno problema se transforma numa montanha intransponível?
Motivação, meus caros, motivação.
Para dar um exemplo comezinho, já vi, e participei em jogos de sueca onde duas senhoras que só sabem servir à pinta deram uma tareia em letrados na matéria.
Há tantas histórias de David e Golias.
Aproveitando a época na qual milhões de trabalhadores e estudantes retomam a labuta diária, nunca é de mais lembrar que a motivação, ou a falta dela, é decisiva para o futuro de cada um de nós.
Até um dia destes.


CASTELO

Instituições


No domingo, dia 5 de Setembro, duas das mais acarinhadas instituições do concelho, os Bombeiros Voluntários e a Santa Casa da Misericórdia, celebraram o seu aniversário. A preocupação dos seus responsáveis continua a ser uma: preparar o futuro. Naquele dia, os povoenses assistiram, entre outros momentos, à bênção de novas viaturas, por parte dos soldados da paz povoenses, e à inauguração da Unidade de Longa Duração e Manutenção, por parte da Santa Casa. A todos os que integram ambas as instituições, aqui deixamos os nossos parabéns pela forma como têm orientado os seus destinos.

CASTELO DE AREIA
Ruído


A Praia Fluvial de Verim recebeu, de 3 a 5 de Setembro, o Carpe Diem Festival III, um festival de trance e breakbeat. Se para a população de Verim, o som proveniente do festival não provocou qualquer inconveniente, o mesmo já não se pode dizer dos habitantes do outro lado do rio, no concelho de Amares. Segundo apuramos, foram inúmeros os telefonemas para a GNR da P. Lanhoso, com os moradores a queixarem-se do som proveniente do festival que decorreu, de sexta-feira, à noite, até domingo. O festival estava devidamente licenciado. Mas mais do que fornecer licenças e receber verbas, é preciso estabelecer regras e fazer com que as mesmas sejam cumpridas.

Dias 16 e 23 de Setembro

Fórum Social promove
reflexão e recolha de contributos

Numa iniciativa que se assume como um momento privilegiado para a recolha de contributos com vista à actualização do Plano de Desenvolvimento Social do concelho, a Rede Social da Póvoa de Lanhoso promove, nos dias 16 e 23 de Setembro, o Fórum Social, dirigido aos parceiros da rede social e comunidade em geral.
Deste modo, os interessados em integrar este momento de reflexão e partilha de conhecimentos podem realizar as suas inscrições através do seguinte e-mail: rede.social@mun-pla-nhoso.pt, indicando o nome, função/cargo, entidade e contactos, nomeadamente o telefone e e-mail.
“Com a organização deste Fórum Social, pretende-se proporcionar momentos de reflexão, que permitam não só identificar e reflectir sobre as problemáticas prioritárias do concelho da Póvoa de Lanhoso, mas também encontrar as respostas tidas e sentidas pela comunidade local como mais adequadas à resolução dos problemas”, refere a organização.
De acordo com os mesmos, o Fórum Social realiza-se em dois dias, nos quais serão dinamizados debates alargados, que procuram o envolvimento de parceiros da Rede Social e da comunidade em geral...

“i-Health – Um novo paradigma” foi o tema da edição deste ano


Jornadas de saúde reuniram especialistas
Cerca de 250 profissionais de saúde estiveram presentes, no passado sábado, dia 4 de Setembro, na sexta edição das Jornadas de Saúde da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, num evento que teve lugar no Hotel Rural Maria da Fonte, em Calvos.
“i-Health – Um novo paradigma” foi o tema da edição deste ano que contou, entre outros, com a presença de Inês Guerreiro, coordenadora nacional da Unidade Missão dos Cuidados Continuados Integrados, assim como de Fernando Araújo, presidente do conselho directivo da ARS Norte, e de Manuel Lemos, presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas.
Cuidados de Saúde Integrados, Gestão Integrada em Saúde e Ética e Dignidade na Referenciação foram os temas abordados nas várias intervenções, que reuniram reputados especialistas e profissionais da área da saúde.
Dando conta de que o novo paradigma se centra nos cuidados de saúde integrados, com o enfoque a passar da doença para o bem-estar, Humberto Carneiro, Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, alertou que tal contexto exige a articulação entre os cuidados primários, hospitalares e continuados e a cooperação entre as partes...

Bombeiros celebram 106.º aniversário


Três viaturas benzidas e crachá
de ouro póstumo para ‘Chefe 40’

O 106.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, comemorado domingo, dia 5 de Setembro, ficou marcado pela bênção de três novas viaturas, entre elas uma ambulância e um auto-tanque, e pela imposição de condecorações.
A condecoração mais sentida foi, a título póstumo, para Manuel Machado - conhecido como Chefe 40 - a quem foi atribuído o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Comandante e bombeiros do corpo povoense juntaram-se para oferecer também uma lembrança à família.
No discurso da sessão solene do 106.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, o presidente da Direcção, Padre Luís Fernandes, cobrou do Governo uma promessa feita, há cinco anos, em dia de aniversário, que consiste em dotar a corporação de um veículo de desencarceramento.
“Continuamos à espera”, afirmou o Padre Luís Fernandes, que espera que “daqui a um ano não seja necessário pedir ao Governo que cumpra a palavra dada”.
O presidente da Direcção dos Bombeiros povoenses deixou ainda outro pedido, desta feita à Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, para que esta não efective a redução de 15 por cento nos apoios às colectividades.
O Padre Luís Fernandes explicou ainda que as despesas de 2010 quase quadruplicaram e “têm-se tornado quase insustentáveis”, nomeadamente com o aumento do mero de incêndios. Por isso, pede à Câmara, cujo apoio anual enalteceu, que “olhe mais um pouquinho para os nossos bombeiros”...

93.º Aniversário do Hospital António Lopes/Misericórdia da Póvoa de Lanhoso


Unidade de excelência certificada
A comemoração dos 93 anos do Hospital António Lopes/Misericórdia da Póvoa de Lanhoso ficou marcada, no dia 5 de Setembro, pela inauguração da Unidade de Longa Duração e Manutenção D. Elvira Câmara Lopes. Ana Jorge, Ministra da Saúde, presidiu à sessão.
Inaugurada por ocasião do aniversário, a Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) D. Elvira Câmara Lopes, cujo nome homenageia a esposa do grande benemérito António Ferreira Lopes, é a mais recente obra da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso.
Com um investimento que ultrapassa os 2,3 milhões de euros, a nova unidade vem dar resposta ao desafio da qualidade que a Misericórdia tem vindo a superar.
O equipamento foi apoiado pelo Programa Modelar em 750 mil euros, contando ainda com o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Na sua intervenção, a governante disse que “a saúde tem hoje necessidade de tratar mais pessoas” e que muitas das respostas têm sido asseguradas pelas Misericórdias Portuguesas.
A Santa Casa “foi capaz de manter e criar uma resposta muito integrada para aquilo que são hoje as necessidades das populações”, destacou Ana Jorge, elogiando ainda os espaços destinados às crianças da instituição.
Defendendo um Serviço Nacional de Saúde (SNS) “de qualidade”, a governante afirmou que “compete ao Estado promover e ajudar a modernizar as respostas” à população.
“Cabe ao Estado encontrar nas Misericórdias uma parceria de complementaridade para podermos tornar possível que espaços como este, de qualidade, permitam que as pessoas possam continuar a ter dignidade em todas as fases da sua vida”, destacou Ana Jorge, referindo que “esta unidade permite-nos concretizar aquilo que é a Rede de Cuidados Continuados”.
“As misericórdias souberam responder aos desafios”, realçou a ministra, garantindo que “o grande trabalho que se está a fazer vai permitir que, para além dos cuidados continuados, as Misericórdias possam fazer contratos doutros níveis de cuidados de saúde, num sector de grande transparência (através da contratualização) permitindo fortalecer as respostas em saúde”..

Destaca vereadora Gabriela Fonseca


Centro Educativo de Monsul
é a marca do novo ano escolar

O ano lectivo que agora se inicia fica marcado pela inauguração do Centro Educativo do Cávado, em Monsul, cuja cerimónia está agendada para o dia 25 de Setembro, e irá abranger as dez freguesias do baixo concelho. O “Maria da Fonte” conversou com Gabriela Fonseca, responsável pelo Pelouro da Educação da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. O estado da educação no concelho, o apoio social escolar concedido pela autarquia e a concretização da carta educativa foram alguns dos assuntos abordados ao longo da entrevista com a responsável do pelouro da Educação.

Maria da Fonte - O novo ano escolar conta com um novo centro educativo, localizado na freguesia de Monsul. Fale-nos um pouco desta estrutura.
Gabriela Fonseca - Naturalmente que o baixo concelho é uma área territorial um pouco desfavorecida, com freguesias muito pequenas e algumas delas mais isoladas. Os alunos vão sentir a diferença, pela positiva, com esta mudança. Para além de ser uma escola com todas as valências necessárias, como a cantina, cozinha, sala das novas tecnologias, quadros interactivos, biblioteca, recreio coberto e descoberto, com equipamento infantil, entre outros, é um edifício que está muito bem concebido, que está muito bonito, moderno e funcional. Os alunos vão sentir-se muito bem neste novo equipamento escolar. Mesmo a nível pedagógico e de socialização os benefícios são enormes, pois cada turma terá apenas um ano de escolaridade e vão ter a possibilidade de fazer novas amizades, de partilhar experiências e vivências diferentes com as crianças das freguesias que compõem este centro escolar.
Mesmo alguns pais, que às vezes estejam mais reticentes pelo facto de fechar a escola da sua freguesia, vão valorizar aqueles aspectos e considerar que valeu a pena a mudança. Pedagogicamente, não faz sentido ter, por exemplo, uma turma com os quatro anos de escolaridade. Deste modo, os alunos saem, necessariamente prejudicados e o objectivo é melhorar o rendimento escolar e sucesso educativo das crianças do concelho, e desta zona geográfica em particular.

MF - Qual tem sido a reacção da população do baixo concelho a estas mudanças?
GF – Já tinham encerrado quatro escolas e este ano vão encerrar mais seis. Por exemplo, a escola de Águas Santas que só tinha 16 alunos, alguns dos quais da freguesia de S. João de Rei, só não encerrou, no ano transacto, porque não havia escolas de acolhimento para albergar os seus alunos, porque o centro educativo já estava previsto na carta educativa e já estava em construção. Desse modo, a DREN aceitou que a escola se mantivesse aberta mais um ano. A escola de acolhimento seria a de Monsul mas a mesma não tinha, no ano transacto, capacidade para acolher esses mesmos alunos e Centro Educativo não tem nada a ver com a realidade das nossas escolas do 1.º ciclo. Nas outras quatro escolas, já encerradas, a situação foi pacífica. Por ocasião da elaboração da carta educativa convidamos a população das dez freguesias do baixo concelho, conversamos com os pais e explicamos a necessidade de reordenamento da rede escolar e o benefício, em termos pedagógicos e físicos, desta nova realidade. Esta situação é quase como uma imposição do Ministério da Educação, embora digam que a autarquia tem que estar de acordo.Isto não se verifica apenas na educação. Vejamos o que está a acontecer na saúde e que a breve prazo abrangerá também os tribunais.Temos que reordenar pois se entenderem fechar, fecham mesmo, quer seja na educação ou na saúde. E é bom que estejamos devidamente preparados e equipados. Neste momento, não tenho qualquer indicação de que haja reacções negativas. Fomos às escolas, falamos com os professores, com os auxiliares e com os alunos. Os mais pequenos estavam entusiasmados, sabiam onde ficava o novo centro escolar, já tinham visto a obra a nascer e a crescer e estavam muito expectantes, relativamente a este novo equipamento.
É natural que alguns pais tenham algumas reservas, nomeadamente em relação ao transporte, mas tudo está a ser pensado e acautelado. Estamos a falar de distâncias relativamente pequenas, de viagens de meia dúzia de quilómetros. Depois de visitarem o centro educativo, verificam que está ali um equipamento de muita qualidade e que será uma mais-valia quer para os alunos quer para a população do baixo concelho, mormente quando estiver construído o pavilhão gimnodesportivo.

MF - Uma das escolas que encerrou, a de Friande, foi convertida em Centro de Convívio. A esta, segue-se a de S. João de Rei. Já há algum projecto para as restantes?
GF – Vai ser estudado caso a caso. Não é nossa pretensão fazer centros de convívio em todas as freguesias pois para além de dispendioso pode não se justificar, poderemos não ter um número de aderentes que o justifique. A opção pode passar por fazer um centro de convívio que agregue duas ou três freguesias. No caso de Ajude, o edifício escolar será convertido em habitação social e em Verim o edifício passará a ser a sede do rancho folclórico local. No caso de Moure o edifício foi cedido à Junta de Freguesia para lá instalar postos de internet. Os edifícios não vão ficar desactivados, vão ter novamente vida. Vão ser novamente ocupados e rentabilizados...

No Monte do Pilar

Cadáver encontrado
é de homem de Guimarães

O cadáver, em adiantado estado de decomposição, encontrado na manhã de quinta-feira, dia 26 de Agosto, na zona do Monte do Pilar, é de um homem de 41 anos, residente em S. Torcato, no concelho de Guimarães.
José Manuel Cardoso da Silva, que vivia com os seus pais, tinha sido dado como desaparecido no dia 1 de Junho e o seu corpo foi encontrado por uns trabalhadores que se procediam à recolha de cortiça.
O cheiro nauseabundo alertou os trabalhadores que se encontravam naquele local. Depois de procurar a origem daquele cheiro, os trabalha-dores depararam-se, pelas 8 horas daquele dia, com um corpo em avançado estado de decomposição.
O alerta foi dado às autoridades e no local compareceram militares do posto da GNR da Póvoa de Lanhoso, a delegada de saúde e elementos do Departamento de Investigação Criminal de Braga da PJ.
No local, e dadas as roupas que envergava, apenas foi possível adiantar que se tratava do corpo de um homem. Posteriormente, o pai de José Manuel Silva deslocou-se ao Gabinete Médico-Legal de Braga e reconheceu as sapatilhas como sendo do seu filho.
Os exames de ADN confirmaram as suspeitas iniciais de que o cadáver se tratava de José Manuel Cardoso da Silva.
A remoção do corpo, que se encontrava num terreno privado e de difícil acesso, com o acesso a só poder ser feito a pé, foi realizada pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
Desconhece-se há quanto tempo o corpo estaria naquele local, assim como as causas da morte que só a autópsia irá desvendar...

Emigrantes recolhem fundos
para aquisição de cadeira de rodas

Dois mil euros foi o valor recolhido por um grupo de povoenses, que integram uma associação em França, para ajudar na aquisição de uma cadeira de rodas para uma criança com paralisia cerebral, residente na vila da Póvoa de Lanhoso.
Com 14 anos, Nuno Alexandre Gonçalves, que frequenta a Escola EB 2,3 de Taíde, necessita de uma cadeira de verticalização, cujo custo ascende a cerca de 5500 euros.
O valor entregue pelos povoenses, no dia 27 de Agosto, resultou de uma recolha realizada por ocasião de uma festa em honra de Nossa Senhora de Fátima, realizada no mês de Maio.
Tendo tomado conhecimento do caso do Nuno Alexandre, os povoenses deitaram mãos à obra para angariar verbas para ajudar a custear a cadeira de rodas.
Este não é o primeiro gesto de solidariedade da associação da qual fazem parte estes povoenses...

Friande


Centros de convívio
em confraternização

Cerca de setenta idosos participaram, na tarde de sexta-feira, dia 3 de Setembro, no primeiro encontro dos centros de convívio do concelho da Póvoa de Lanhoso, numa iniciativa que teve lugar no Centro de Convívio de Friande, localizado no antigo edifício da escola primária da freguesia. Naquele que se espera o primeiro de vários encontros, os utentes dos centros de convívio de Friande, Esperança e Vilela passaram uma tarde de alegre convívio, que contou com lanche e animação ao som das concertinas.
Destacando o empenho da Câmara Municipal e das Juntas de Freguesia de Friande, Vilela e Esperança, Fátima Moreira, vereadora do Pelouro da Saúde da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, mostrou-se satisfeita com a grande participação dos utentes.
“Que vejam nestes espaços, um espaço de convívio, alegria e confraternização e que vejam nos centros de convívio a vossa segunda casa”, disse a edil, desafiando os utentes a apresentar propostas de actividades que gostariam de realizar nos centros de convívio.
“É um balanço muito positivo. Tem sido um processo faseado e, até ao momento, já abrimos três centros de convívio. Pela experiência que temos até ao momento, verificamos que é um projecto ao qual temos que dar continuidade e é um projecto muito esperado nas freguesias, sobretudo nas freguesias um pouco mais afastadas da vila e em que as pessoas estão, de alguma forma, isoladas e com mais idade”, frisou a vereadora Fátima Moreira...

Taíde atraiu milhares


Devotos veneraram
Nossa Senhora do Porto d’Ave

Mais uma vez a tradição cumpriu-se. Milhares de pessoas passaram, nos últimos dias, pela freguesia de Taíde, no concelho da Póvoa de Lanhoso, para acompanhar a tradicional romaria em honra de Nossa Senhora do Porto d’Ave, que teve lugar de 28 de Agosto a 5 de Setembro.
A majestosa procissão, na tarde de domingo, dia 5, foi um dos momentos altos das festividades em honra daquela santa. Debaixo de um intenso calor, os fiéis foram-se concentrando ao longo das várias ruas para acompanhar a passagem dos dez andores e das dezenas de figuras alegóricas, que deram um brilhantismo maior ao acto. A par destes, na imponente procissão, organizada pelos escuteiros de Taíde, estiveram representadas várias instituições da freguesia, nomeadamente o Rancho Folclórico de Porto d’Ave, Grupo Desportivo de Porto d’Ave, Grupo Coral de Porto d’Ave, assim como a Real Confraria de Nossa Senhora do Porto d’Ave e as entidades civis e religiosas.
E dado que a Romaria de Nossa Senhora do Porto d’Ave é conhecida como a “romaria dos bifes e dos melões”, estas duas iguarias marcaram presença no recinto das festas. Com um preço entre 4 e 5 euros por quilo, os melões são os reis da festa, apesar deste ano os vendedores marcarem presença em menor número. “Há menos vendedores porque também há menos compradores”, explicou um dos responsáveis da Aires Aguiar Mesquita, de Famalicão. Dando nota de que o preço de venda se vai mantendo inalterado ao longo dos últimos anos, aquele responsável apontou a qualidade dos melões como a receita para o sucesso das vendas...

FACE MODEL OF THE YEAR 2010 TERMINOU DOMINGO


Joana Cruz é a modelo do ano
Para além da medicina, Joana Cruz tinha o sonho de ser modelo profissional. No passado domingo, o sonho desta povoense, de 15 anos, concretizou-se, tendo sido a vencedora, na classe feminina, do concurso “Face Model of the Year 2010”. Nos homens, a escolha do trio de jurados recaiu em Diogo Abreu, de 16 anos. Ambos os jovens serão as novas caras da Face Models, de Fátima Lopes.
De entre os milhares de concorrentes, cujo sonho era singrar no mundo da moda, a jovem de Esperança cativou, desde o primeiro momento, os jurados e integrou a lista dos doze concorrentes com os quais o programa iniciou, cuja transmissão teve lugar na SIC. Tal como Joana Cruz, também a estilista Fátima Lopes realizou o sonho ao ver o “Face Model of the Year” em formato de concurso.
“À procura do sonho” era o tema do concurso. Semana a semana, de programa em programa, Joana Cruz foi ultrapassando os desafios e integrou o grupo de finalistas, 6 rapazes e 6 raparigas, que participou na gala final, realizada em Tróia e transmitida em directo pela SIC no passado domingo.
Desfile de biquini, roupa casual e fato de noite foram as etapas da gala final. De etapa em etapa, Joana Cruz integrou o lote dos 6 finalistas, três rapazes e três raparigas. Ao longo da gala final, e após cada uma das provas, a jovem da Póvoa de Lanhoso recebeu rasgados elogios.“A Joana é a elegância em passerelle. Tem altura, corpo e atitude”, disse Fátima Lopes, após o desfile em biquini. A par da estilista, também Susana Marques Pinto, da Elle, elogiou Joana Cruz.Desde o primeiro momento que nos cativou. Tem as medidas certas e uma carreira de modelo pela frente”, disse.
“É a elegância. Tem a capacidade de me encantar sempre que entra na passerelle”, referiu ainda Fátima Lopes, após o desfile em roupa casual.
Findo o desfile em traje de noite foi conhecida a decisão final: Joana Cruz e Diogo Abreu foram os vencedores do “Face Model of The Year 2010”.“Senti muita felicidade. Pensava que era um sonho”, disse Joana Cruz ao “Correio do Minho”, dando conta dos instantes que se seguiram ao anúncio dos vencedores...

S. Gens de Calvos

Arbustos empurram
peões para a estrada

Em muitas das estradas do concelho, as ervas existentes nas suas bermas obrigam os peões a circular na estrada, ficando mais expostos ao perigo de serem atropelados pelos veículos que por ali circulam. Em Calvos, na estrada municipal, próximo corte de acesso ao Hotel Rural Maria da Fonte, as ervas e arbustos obrigam quem por ali passa a circular em plena faixa de rodagem. Tal situação só ainda não causou acidentes pois os referidos arbustos encontram-se numa zona de recta, em que facilmente os automobilistas se apercebem dos peões na estrada. A quem de direito, aqui fica o alerta para que procedam à limpeza do local.

Gratidão do povo de Covelas


Padre António Couto homenageado
pelos 50 anos na paróquia

Foi no dia 6 de Setembro de 1960 que o Padre António Couto assumiu os destinos da paróquia de Covelas. Uma vez que este ano se comemoram 50 anos da sua vinda para a freguesia, a população de Covelas uniu-se para prestar uma homenagem ao sacerdote, numa cerimónia que teve lugar sábado, dia 4 de Setembro.
Os elementos da comissão organizadora deitaram mãos à obra e prestaram uma sentida homenagem ao homem que comanda os destinos espirituais de Covelas já lá vão 50 anos.
O programa integrou o descerramento de uma placa comemorativa, junto ao salão paroquial, ao qual se seguiu a Eucaristia e um lanche-convívio.
Por ocasião do descerramento da placa comemorativa dos 50 anos ao serviço de Covelas, Jaime Oliveira, presidente da Junta de Freguesia, destacou a homenagem merecida e a boa colaboração entre a paróquia e a Junta de Freguesia.“Graças ao seu esforço foi possível edificar este salão-igreja...
BTT: Porto d’Ave prepara
5.º Passeio Rota dos Bifes

No dia 19 de Setembro, numa organização do BTT Porto d’Ave, tem lugar o 5.º Passeio Rota dos Bifes, naquele que já é considerado um mítico e consagrado passeio de BTT.
“Fruto da experiência adquirida nas edições anteriores, e esperando sempre melhorar o nosso desempenho e atitude organizativa, este ano queremos oferecer novas razões e motivos para participarem, por isso, irão rolar por novos trilhos e apreciar novas vistas”, refere a organização.
Com uma extensão de aproximadamente 40 Km, o passeio tem um grau de dificuldade física e técnica considerada média. “Participar nesta prova de BTT é, ainda, querer sentir de perto o pulsar da natureza e a força da adrenalina a correr-nos nas veias”.

Cem anos de República (16)

A fantástica herança
da rainha D. Maria II

Prometemos na crónica anterior lembrar hoje os momentos principais da herança da rainha D. Maria II, num impulso regenerador que acelerou os ideais liberais e deu a machadada fatal no absolutismo miguelista enraizado nos espaços rurais minhotos, gerando os conflitos da Maria da Fonte e da Patuleia. É um dos poucos momentos de ouro da História de Portugal no século XIX, cuja primeira metade é consumida em guerras (invasões francesas e revoltas populares regionais) e perda do Brasil, além de uma factura pesada a pagar aos ingleses.
Antes da sua morte, D. Maria II deixou uma bela herança aos portugueses ao promulgar o Acto adicional de 1852 que regula a escolha dos deputados da Nação por eleição directa, generaliza o acesso ao voto pelos portugueses, acima dos 21 anos, e exclui apenas os criados de servir, os criminosos, os condenados e os contumazes. Todavia, a maior conquista foi a abolição da pena de morte para os crimes políticos e era dado um primeiro passo para a fiscalização de dinheiros públicos e administração do Ultramar. Este movimento da Regeneração conseguiu, de uma penada legal, unir a lata, média e pequena burguesia, que se assim se consolida no poder por cerca de meio século. Foi a revolução dos Códigos (Civil, Penal, Fiscal, Comercial e Administrativo, com o fim dos “morgados”, por exemplo) que constituem a espinha dorsal dos actuais.
Consulte-se a história de qualquer povo – citamos o bracarense Ménici Malheiro – “e lá veremos sempre os esfarrapados, arvorando a bandeira vermelha das suas reivindicações contra a tirania dos poderosos. São eles que tudo constroem e nada possuem e em todos os movimentos libertadores ocupam a parte mais perigosa da barricada”. Mais uma vez, Portugal não saía da cepa torta e a mesma classe ia impor-se ao povo até 1910… ou até agora?
Oliveira Marques, na sua História de Portugal, Vol. II, pp. 67 e 103, assegura que o Acto adicional uniu cartistas e setembristas; a expansão industrial, financeira e comercial sossegava os interesses de industriais, banqueiros, comerciantes e proprietários. O resultado, escreve, foi que “até ao surto do Partido Republicano não houve, em Portugal, oposição efectiva às instituições, às formas de governar e às políticas ou estruturas económicas e sociais”. Esta “firme manutenção do poder por uma burguesia unificada iria durar meio século e impedir quaisquer veleidades de rebelião por parte das classes inferiores” como as dos “patas ao léu” ou da Maria da Fonte (1846 e 1847). Passaram três reinados (D. Pedro V, D. Luís e D. Manuel II)e Mouzinho da Silveira dispôs das condições ideais para lançar as bases do Portugal liberal, seguindo de perto o modelo francês na organização administrativa do território. O país foi dividido em distritos, que englobavam um certo número de concelhos, e estes eram constituídos por paróquias. Em cada distrito há um representante do governo nomeado pelo Rei. Os concelhos elegiam uma Junta administrativa.