EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Conduções 

Numa conversa com um amigo eu dizia-lhe que para mim a vida pode ser comparada à condução de um automóvel.
Se andarmos a transgredir sistematicamente  e abusarmos da pior das transgressões, a velocidade, corremos sérios riscos tanto ao nível da legalidade como no que respeita à integridade física. Sabemos que o excesso de velocidade é a causa maior da morte nas estradas.
Se, pelo contrário, cumprirmos escrupulosamente o código da estrada, entupiremos muitas vezes o trânsito e provocaremos outro perigo, o stress alheio.
Então onde está o bom senso? Estará algures no cumprimento do essencial do código e transgredirmos aqui e ali nos 30, nos 50 ou nos 120 quando a altura e as condições o proporcionarem permitindo aquilo a que se poderá chamar ‘transgressões razoáveis’.
Ora, se falarmos da vida de cada um de nós, a coisa, mais coisa menos coisa, vai dar ao mesmo.
Se formos uns fanáticos pelo cumprimento de todos os preceitos legais a vida transforma-se num marasmo e quase é impossível vive-la.
Também não pode-mos andar sistematicamente a pisar o amarelo muito menos o vermelho a toda a hora.
O problema é sabermos situar a razoabilidade dos nossos actos e das nossas decisões.
Como sabemos o mundo está formatado para que para uns passem burros e canastras e para outros, a grande maioria, esteja sempre a vara no ar.
Penso muitas vezes naqueles que nem sequer são notados no sociedade e quando ousam fazer-se notar levam logo na cabeça.
A sociedade deve prevenir os excessos mas quem tem o poder de julgar algumas destas pessoas deverá ter sempre presente uma máxima.
Como seria eu no lugar deste homem/mulher? Repugna-me uma sociedade que persegue os pilha galinhas e faz orelhas moucas para aos poderosos.
Já vai sendo diferente? Vai. Mas a velocidade aí tem pecado por defeito. 

Até um dia destes 

Bolsas de Estudo

Mais de 47 mil euros
para apoiar alunos do concelho

As bolsas de estudo atribuídas aos alunos do ensino secundário e superior são uma das respostas da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso para apoiar os alunos do concelho, incentivando-os a prosseguir os estudos. No final da tarde de quinta-feira, dia 5 de Fevereiro, a autarquia da Póvoa de Lanhoso entregou bolsas de estudo a 73 alunos do ensino secundário e superior, num investimento de 47 mil e 800 euros.
Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal, presidiu à cerimónia, que contou ainda com a presença dos vereadores Gabriela Fonseca e Armando Fernandes. No final, Manuel Baptista pediu aos jovens para que “respeitem o esforço que os pais fazem para os colocar a estudar” e incentivou os jovens alunos a estudar para serem os melhores. “Sem trabalho não há nada. Estudem para serem os melhores”, pediu o autarca.
O valor mensal da bolsa de estudos para alunos do ensino secundário é de 30 euros, com os alunos do ensino superior a receber 100 euros, se estudarem fora do distrito, e 60 euros, caso estudem no distrito de Braga.

Apoio importante para alunos e suas famílias
Aluno do curso de Engenharia Física da Universidade do Minho, em Braga, José Pereira, de 18 anos, residente em Taíde, irá canalizar o valor recebido para as despesas com a deslocação da
“A Câmara está a dar oportunidade a alunos de estudar que, se calhar, de outra forma não teriam condições e teriam de desistir, principalmente aqueles que estudam fora do distrito”, considerou José Pereira.
Também no caso de Andreia Silva, aluna do curso de Gestão da Universidade do Minho, o valor da bolsa servirá para pagar o custo com as deslocações.
“É sempre uma ajuda porque temos sempre que tirar muitas fotocópias e temos que pagar o passe. Este dinheiro que nos dão da bolsa pode ajudar na parte da deslocação e já é uma grande ajuda”, disse Andreia Silva, revelando que as bolsas de estudo são um incentivo para que os jovens prossigam os estudos.
Anabela Cardoso, de 19 anos, da Pó-voa de Lanhoso, aluna do Curso de Especialização Tecnológica de Gestão da Qualidade e Sistemas Ambientais no Instituto Politécnico de Viana do Castelo na ESA (Escola Superior Agrária), teve conhecimento das bolsas de estudo, atribuídas aos alunos do ensino secundário e universitário pela Câmara Municipal, através de uma amiga, que concorreu a este apoio. Esta aluna povoense considera as bolsas de estudo um importante apoio na medida em que se trata de “um apoio social directo aos estudantes cujos agregados familiares não consigam, por si só, fazer face aos encargos inerentes à frequência da Universidade, tendo, assim, a oportunidade de prosseguir com os estudos para um futuro melhor”.
O valor da bolsa será aplicado para pagamento de transportes, propinas e residência, ou seja, os custos em geral.

Escolas Empreendedoras IN.AVE

Póvoa de Lanhoso
participa na segunda edição

Já está a decorrer a segunda edição do projecto Escolas Empreendedoras IN.AVE – rede de empreendedorismo do Ave para o ano lectivo 2014/2015. O território abrangido é o da Comunidade Intermunicipal do Ave, em que se inclui a Póvoa de Lanhoso.
 Criar uma cultura empreendedora; Promover o espírito de iniciativa, de cooperação e criatividade; Partilhar experiências e ideias; Facilitar um maior contacto com o mundo real; Permitir aos jovens em idade escolar uma experiência real na área do empreendedorismo; e Incentivar o desenvolvimento local são os objectivos dos projectos de empreendedorismo nas Escolas.
O público-alvo são alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico, do 3º Ciclo e do Ensino Secundário e Profissional.
Na Póvoa de Lanhoso, estão envolvidos ambos os Agrupamentos de Escolas (Agrupamento da Póvoa de Lanhoso e Agrupamento Gonçalo Sampaio) e a Escola Profissional EPAVE. Haverá um total de 14 turmas (11 turmas do ensino Secundário e Profissional e três do 3º Ciclo) e de 280 alunos a participar nesta segunda edição, que envolve ainda 16 professores. De lembrar que, na anterior edição, houve 12 professores envolvidos, 12 turmas e 225 alunos.
No decorrer desta segunda edição, serão realizados oito Concursos de Ideias, um em cada Município integrante da Comunidade Intermunicipal do Ave; será promovido um Concurso de Ideias Intermunicipal; e serão realizadas a Expo Empresas Júnior (evento intermunicipal que irá envolver todos os alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico) e a Feira do Empreendedorismo Júnior (evento intermunicipal que irá envolver todos os alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico).
No ano lectivo 2014/2015, serão promovidas cinco Oficinas de Formação junto de, pelo menos, 80 professores; e 130 turmas irão implementar o projecto (70 turmas do ensino secundário/profissional, 30 turmas do 3º ciclo do ensino básico e 30 turmas do 2º ciclo do ensino básico), no território do Ave. Como momentos altos, esta segunda edição engloba para o 2º Ciclo, a Feira do Empreendedorismo Júnior, para o 3º Ciclo, a Expo Empresas Júnior (que irá realizar-se na Póvoa de Lanhoso) e para o Ensino Secundário/ , um Concurso de Ideias. Destaque ainda para os Prémios dos Concursos Municipais e para os Prémios do Concurso Intermunicipal.

Empreendedorismo junto do pré-escolar e 1º ciclo
 No âmbito da rede de Educação para o Empreendedorismo, coordenada pela Póvoa de Lanhoso, no que se refere ao Pacto de Empregabilidade do Ave, deu-se início à preparação dos trabalhos no sentido de ser promovida uma resposta dirigida às crianças dos três aos 12 anos do pré-escolar (privado e público) e 1.º ciclo.
 A educação para o empreendedorismo deve ser iniciada desde tenra idade com vista a promover uma revolução escolar baseada nos sonhos, ideias e projectos das crianças, bem como desenvolver um conjunto de competências que terão um reflexo positivo no sucesso educativo dos nossos alunos.
Profissional

Garfe

Padre Luís: Comunidade 
reconheceu trabalho 
e amor à terra

A população de Garfe sabe reconhecer o trabalho e a dedicação de quem dirige os seus destinos espirituais. No dia 8 de Fevereiro, o padre Luís Peixoto Fernandes foi presenteado com uma festa de homenagem, pelos seus 20 anos como sacerdote da freguesia, que é também a sua terra natal, bem como pelo trabalho e causas abraçadas. Destes vinte anos, são vários os exemplos da dedicação e dinamismo do sacerdote: as capelas em honra de Nossa Senhora do Monte, a fundação dos escuteiros, a criação de um rancho, de um jornal da paróquia, bem como a criação de um centro de noite, o primeiro a ser criado no país, a iniciativa ‘Garfe – Aldeia dos Presépios’, entre outros.
Constituída uma comissão organizadora, foi elaborado um livro sobre o homenageado, coordenado pelo historiador José Abílio Coelho e pela sobrinha do homenageado Antonieta Fernandes, celebrada uma missa de acção de graças, que culminou com um almoço convívio. Um ambiente de festa e confraternização pois, de acordo com o texto lido no início das cerimónias, foi construída uma comunidade de paz, amor e progresso. A dedicação à terra natal pelo padre Luís Peixoto Fernandes foi, por todos, reconhecida, como se pode constatar nos vários Arquidiocese de Braga.
Vindo de Castelo Branco, e assumindo-se como um filho adoptivo de Garfe, o padre Sanches Pires, amigo de há longos anos do homenageado, referiu, de entre outros aspectos, que o padre Luís é o seu maior amigo.

Manuel Baptista

“Somos um concelho 
com responsabilidade social”

MF - Que balanço faz da política social deste executivo?
MB - O trabalho na área social é sempre muito exigente, pois todos os dias somos confrontados com novos problemas. A estratégia que temos seguido tem sido a de apostar na criação de várias respostas sociais que vão ao encontro das necessidades que identificamos e que melhorem a qualidade de vida dos povoenses. O trabalho que desenvolvemos não é isolado e se hoje dizemos com orgulho que somos um concelho com responsabilidade social é porque há resultados positivos da autarquia e das muitas IPSS’s que felizmente o concelho tem. Ao longo dos últimos anos, demos um salto de gigante nas respostas sociais e isso é reconhecido por todos, por isso, faço um balanço muito positivo. Preferia que não fossem necessárias as respostas, pois seria sinal de que não havia dificuldades, mas sabemos que não é assim e, por conseguinte, a autarquia tem de ter a responsabilidade de estar atenta para intervir. É o que temos feito.

MF - Qual a sua principal preocupação, visto que a área social sempre foi apontada como prioridade?
MB - O desemprego é maioritariamente a base de todos os problemas sociais e, por isso, é a nossa principal preocupação. É por esse motivo que temos apostado em criar condições para que o concelho seja atractivo para os investidores. Para além disto, incentivamos as políticas que valorizem e apoiem os empresários existentes. E há sinais muito positivos. Ainda esta semana anunciámos o recrutamento que uma empresa internacional está a fazer para que se possa instalar no nosso concelho. A concretizar-se este projecto, são cerca de 150 novos postos de trabalho, o que é muito importante. Mas este é um trabalho que fazemos com discrição pela sua sensibilidade e porque gostamos mais de apresentar resultados do que de criar expectativas nas pessoas. Entendo que a autarquia tem hoje as respostas mais importantes do ponto de vista social e, por esse motivo, estamos agora a reforçar a componente de apoio ao desenvolvimento económico no sentido de contribuirmos para a diminuição do desemprego.

MF - A empresa que está-se a referir é a francesa Altice?
MB - Sim, já é pública a sua intenção de se instalar na Póvoa de Lanhoso, mas, como disse, esse processo está a ser conduzido por mim com a discrição que ele merece. Em breve falarei sobre ele com mais pormenor.

MF - Qual a medida implementada que, para si, é mais importante?
MB - Essa é uma pergunta difícil…Eu diria que há três medidas que muito me orgulho de ter implementado. Os Centros de Convívio para os idosos do concelho, o subsídio de apoio à renda e o apoio à natalidade. Estas três respostas mostram bem o que pensamos sobre a política social. Nós não achamos que devemos ter apenas apoios financeiros para ajudar nos problemas pontuais das famílias. Para além desses apoios, há muito para se fazer na área social e, por isso, temos políticas activas que promovam a qualidade de vida dos mais velhos ou ainda que incentivem os jovens casais a fixarem-se no nosso concelho. Podia ainda falar nas bolsas de estudo para os nossos estudantes do secundário ou do ensino superior ou na loja social…Como vê, é difícil escolher uma medida, pois todas elas são muito importantes.

MF - A propósito dos Centros de Convívio, o projecto vai alargar-se a outras freguesias?
MB – Sim, nós assumimos o compromisso de alargar a rede existente de cinco para sete neste mandato. Posso adiantar-lhe que abriremos já em Março na freguesia de Rendufinho e estamos a ultimar a abertura de um novo centro na freguesia de Galegos. Este é um projecto que resulta de parcerias com as Juntas de Freguesia e que, como disse, me realiza imenso pois sei da sua importância para os mais velhos.

MF - Qual o feedback que os povoenses lhe transmitem sobre as respostas sociais?
MB - A melhor imagem que tenho para lhe responder é a alegria que vejo no rosto das pessoas que beneficiam das medidas de que lhe falei. Seja quando vou visitar um Centro de Convívio, seja quando entregamos as bolsas de estudo ou os subsídios de apoio à renda, ou ainda quando temos o Salão Nobre cheio de bebés. Acho que os povoenses reconhecem que têm uma autarquia que se preocupa com o seu bem-estar, especialmente aqueles que mais sentem as dificuldades da vida.

Utentes das IPSS’S e Centros de Convívio

Festa de Carnaval 
animou seniores do concelho

A Câmara Municipael da Póvoa de Lanhoso organizou, no dia 13 de Fevereiro, a Festa de Carnaval para os utentes das IPSS’s e Centros de Convívio do Concelho. As instituições responderam ao convite da autarquia e o Narcisu’s Eventos, em Fontarcada, encheu-se de cor, brilho e muita animação. Estava lançado o repto para uma tarde divertida, com os utentes vestidos a preceito.
Depois do desfile de cada grupo participante, seguiu-se um animado baile de Carnaval, com os mais velhos a viver de forma entusiasta o momento.
Dirigindo-se aos presentes, Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, agradeceu ao Narcisu’s Eventos pela cedência do espaço, assim como às IPSS’s e Centros de Convívio pelo trabalho e dedicação, assim como a forma carinhosa como todos tratam os utentes.
“É com muito carinho que registo esta amabilidade e esta afectibilidade”, referiu Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, dizendo que “é uma alegria estar com vocês”.
Manuel Baptista não deixou de comentar os episódios que têm marcado os últimos tempos. “Tenho sido humilhado, tenho sido muito maltratado por algumas pessoas do concelho”, disse o autarca, agradecendo o apoio e a confiança dos povoenses. “Podem acreditar em mim. O maior património que tenho é o no-me da minha família”, disse ainda Manuel Baptista.

Utentes divertiram-se
Maria Odete Silva, de 75 anos, reside em Verim e para além de frequentar as actividades do centro de convívio da sua freguesia frequenta também o Centro Comunitário de Monsul, da Associação em Diálogo. Neste Carnaval, acompanhou os utentes do Centro Comunitário, que dando corpo ao tema deste ano – A Evolução dos Trajes, vieram trajados de acordo com os anos 60.
Os utentes ajudaram na confecção das roupas e Odete Silva afirma que se divertiram muito e que foi simples de fazer. Revelando estar a divertir-se muito com a Festa de Carnaval, Maria Odete Silva conta ao ‘Maria da Fonte’ que ensaiaram três vezes a dança que apresentaram na Festa de Carnaval.
“Quando era jovem não havia nada como isto. Gosto das festas. Venho a todas. Só se não puder. Enquanto for viva e puder, venho sempre”, disse ainda Odete Silva.
Tal como Maria Odete Silva, também Helena Torres, do Centro de Convívio da Póvoa de Lanhoso, estava a divertir-se na Festa de Carnaval.
“Estou a achar muito boa. Está a ser divertido. Dá para esquecer as coisas da vida e divertir-se”, revela Helena Torres, que tem marcado presença nas várias festas dirigidas aos utentes dos Centros de Convívio e IPSS’s. Também os utentes do Centro de Convívio da Póvoa de Lanhoso ajudaram na confecção das roupas, e o momento foi também de diversão. Helena Torres vem a todas as festas dirigidas à população sénior.
“Sou dona de casa e estes bocadinhos são tão bons para aliviar a cabeça, para conviver. Aprendemos muita coisa”, adianta Helena Torres.

Vila foi tomada por uma verdadeira multidão

Histórias infantis inspiraram 
desfile da Misericórdia

A vila da Póvoa de Lanhoso encheu-se de gente para assistir ao desfile da Misericórdia, na passada Terça-feira, dia 17, dia de Carnaval. O bom tempo ajudou à festa e o centro da vila recebeu uma verdadeira multidão. As histórias infantis foram o mote para um desfile em que as crianças foram as estrelas da festa. Aos mais pequenos, das valências de Infância da Misericórdia, juntaram-se os utentes seniores (Lar, ULDM e Hospital), assim como colaboradores, um grupo de pais, e vários povoenses que, de forma espontânea, associaram-se ao desfile. O grupo de percussão de Vilela e a Escola de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso marcaram presença no desfile.
Pelas principais artérias da vila, passaram, de entre ou, os personagens do Peter Pan, da Alice no País das Maravilhas e do Capuchinho Vermelho, não faltando os smurfs, os piratas e os príncipes, os espantalhos, a Pocahontas, os cowboys e os índios e os caretos.
Foi um desfile de cor e magia, num momento alto dos festejos carnavalescos no concelho da Póvoa de Lanhoso. O desfile das valências da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso é já uma tradição e realiza-se há mais de quinze anos, de acordo com alguns colaboradores da instituição.
Das mãos e da criatividade das colaboradoras da instituição saíram mais de duzentas criações, num desfile que atrai cada vez mais curiosos às Terras da Maria da Fonte.

Povoenses maravilhados
Domingos Matos e a esposa Alcinda Coelho vieram de Monsul para assistir ao desfile. Costumam vir todos os anos. “É muito bonito. É muito grande e muito concorrido. É um desfile com qualidade e estava muito bonito. O que mais gostei de ver foram as crianças”, revelou Domingos Matos. Ambos são unânimes em afirmar que é preciso manter a tradição e não deixar acabar um desfile como este, não deixar terminar os usos e costumes.
João Armindo Cunha, emigrante em França há longos anos e com residência em Ferreiros, viu pela primeira vez o desfile de Carnaval.
“Gostei. Foi muito bonito. Tinha a minha neta a desfilar e por isso é que viemos cá. Gostei do ambiente. As crianças iam muito bonitas”, revelou este povoense.
Sentada junto ao Largo António Lopes estava Ana Maria Dias da Cunha, residente na vila da Póvoa de Lanhoso. “Foi muito lindo. Gostei. O concelho devia juntar-se todo e fazer um desfile conjunto. Gostei muito de ver as crianças e os velhinhos. Neste dia, devia ser feriado para dar oportunidade a todas as pessoas, para que pudessem assistir ao desfile”, disse.

tros

Verim

Carnaval foi animado

Realizado no dia 15 de Fevereiro, o desfile de Carnaval de Verim, organizado pelo Centro Social e Teresiano, foi muito animado. As longas esperas nas urgências deram o mote ao desfile, que contou também com a circulação na estrada e os sinais de trânsito.
Tudo serviu para uma tarde animada. Mais do que as palavras, ficam as fotos, demonstrativas da animação que marcou a freguesia de Verim.

EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Francisco 

O papa Francisco granjeou uma tal empatia no mundo inteiro que só algumas minorias de esquerda ousaram indignar-se publicamente com o que ele disse numa  das mini conferências de imprensa que foi dando durante a viagem às Filipinas.
Então o que disse o papa? Disse que a liberdade de expressão sendo um valor supremo - as palavras não são exactas mas vão dar ao mesmo -, devíamos ter cuidados para, ao utilizar esse valor,  não ofendermos as crenças e religiões dos outros. Disse mais, que era capaz de dar um murro em quem insultasse a sua mãe.
Ouvi e li os tais comentários minoritários um pouco envergonhados dada a tal universalidade de simpatia que o papa tem mas ouvi-os e não há nenhum problema em os ter ouvido. São opiniões.
Mas, agora pergunto eu: a liberdade de expressão não deverá ser sempre acompanhada pela responsabilidade naquilo que dizemos me-dindo, em casos extremos, as consequências possíveis?
Eu não sou jurista e espero não dizer asneiras nessa matéria, e logo nessa..., mas já ouvi letrados dizerem que, se por exemplo uma detenção de determinada pessoa pode provocar com        alto grau de probabilidade, uma revolução social com possível final trágico, os detentores dessa decisão deverão pensar e repensar se o cumprimento da lei se sobrepõe nesses casos.
Um exemplo que aconteceu: lembram-se dos toiros de morte em Barrancos? Foi ou não foi ponderado que o cumprimento da lei levado às últimas consequências daria uma tragédia iminente?
No caso das caricaturas do Profeta Maomé no jornal Charlie Hebdo, sendo certo que o jornal e seus responsáveis tem todo o direito de o fazer, não deveriam ter ponderado que esse comportamento iria acirrar o fanatismo religioso de muitos povos e que estes não hesitariam em vingar-se nem que para isso utilizassem mártires sempre disponíveis para causas como estas?
Depois das execuções dos profissionais do jornal e das mortes colaterais insistir nas caricaturas é sem dúvida uma postura de coragem. Mas até a coragem levada ao extremo é um acto de irresponsabilidade e até de arrogância.
Como concordo consigo papa Francisco.
Habemus Papam.

Até um dia destes 

Teatro

Festival Nacional
com peça povoense

“1514 – Comédia Quinhentista”, apresentada pela Associação dos Funcionários da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso marca o arranque, nesta Sexta-feira, dia 7 de Fevereiro, da XI edição do Concurso Nacional de Teatro, que se realiza, na Póvoa de Lanhoso, até 14 de Março.
A apresentação do evento decorreu, no dia 23 de Janeiro, no Theatro Club, a sala de espectáculos que acolhe o evento, e contou com a presença de Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, de Armando Fernandes, vereador da Cultura da autarquia povoense, de Luís Mendes, da Federação Portuguesa de Teatro, e de Rui Sérgio, representante da Fundação Inatel.
A presença de uma peça povoense na fase final do Concurso Nacional é uma das novidades da edição deste ano, depois de, em 2011, a Associação Cultural da Juventude Povoense ter marcado presença no certame. No total, de 7 de Fevereiro a 14 de Março, pelo palco do Theatro Club passam nove peças a concurso (escolhida de entre dezasseis), que disputam os vários prémios, em especial o prémio Ruy de Carvalho, patrono do Concurso Nacional, entregue à produção vencedora.
“Há mais de vinte anos que a Póvoa de Lanhoso, em parceria com a ARTAM quer mais recentemente com a Federação Portuguesa de Teatro, promove e ajuda na promoção de festivais e concursos de teatro, que são já uma marca íntima do teatro associativo aqui na Póvoa de Lanhoso”, destacou o vereador Armando Fernandes, na abertura da conferência de imprensa, apontando a entrada, em 2011, da Fundação Inatel, como parceira do evento.
Revelando que o teatro é já uma tradição no concelho, Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, deu conta do orgulho especial pelo facto de uma peça povoense, da qual é fã, marcar presença na final.
“Pena é que os órgãos de comunicação a nível nacional não venham cá fazer uma pequena reportagem para ver o que de bom se faz no teatro amador”, revelou o autarca, apontando que o Concurso Nacional representa um investimento de 8 mil euros.

Prémios do concurso reflectem  as raízes e tradições
Uma das novidades da edição deste ano do Concurso Nacional de Teatro diz respeito aos prémios a concurso. Os troféus ganham um novo design e, de certa forma, prestam homenagem a um artesão povoense recentemente falecido, António César Silva, autor dos desenhos dos prémios entregues no concurso de teatro.
A filigrana e a heroína Maria da Fonte estão em destaque nos prémios da XI edição do Concurso Nacional de Teatro.
A par do novo design, o Concurso Nacional conta com novas categorias a concurso, nomeadamente para a melhor interpretação feminina e masculina secundária, banda sonora e o prémio Maria da Fonte, que premeia a peça escolhida pelo público. Outras das novidades diz respeito à sessão de encerramento, que tem o seu início pelas 18 horas.
Luís Mendes, da Federação Portuguesa de Teatro, destacou, de entre outras considerações, que o prémio Maria da Fonte é uma “forma de homenagear o público da Póvoa de Lanhoso que tem sido fiel ao longo destes anos todos e tem brindado o Theatro Club com salas cheias”.
“Este ano assistimos a um patamar de qualidade que ainda não nos tinha dado a observar. Foi extremamente interessante perceber que os grupos estão a melhorar o seu trabalho, estão a investir, estão a esforçar-se no sentido de ter trabalhos de qualidade”, revelou o responsável da Federação Portuguesa de Teatro.
“Excelente imagem do que pode e deve ser a forma de trabalhar a cultura a nível regional e local. Uma grande satisfação ver que aqui na Póvoa de Lanhoso se continua a apostar numa política cultural, na área do teatro e da cultura, de uma forma muito ambiciosa e arrojada”, destacou Luís Mendes, apontando a aposta da Câmara Municipal no Festival Nacional de Teatro.
“Num país em que a cultura é um parente, não direi pobre mas muito pobre, esquecido sistematicamente pelos governos, sem políticas culturais para o desenvolvimento do país, penso que esta aposta e direi mesmo histórica da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso em manter, com as dificuldades que hoje todos nós passamos, esta aposta na cultura e no teatro, é de facto de enaltecer e de ser propagandeada a nível nacional como um exemplo a seguir”, destacou Luís Sérgio, da Fundação Inatel, que dá nome ao Prémio Prestígio/Personalidade.
Aquele responsável apontou ainda que “a Póvoa de Lanhoso está no mapa dessas pequenas grande manifestações que acontecem no país”, elogiando ainda a excelente organização do Festival Nacional de Teatro. 

Centro Educativo do Cávado, em Monsul

Câmara poderá ter que devolver
1,8 milhões euros mais juros

A CCDRN (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) solicitou à Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso a devolução de 1,8 milhões de euros, valor ao qual acrescem juros), respeitante aos fundos comunitários recebidos pela autarquia para a Construção do Centro Educativo do Cávado, em Monsul. Tudo se deve à falta de visto da empreitada, concluída em 2010. O visto apresentado pela autarquia era alegadamente falso. O falso visto foi detectado, conforme explicou Manuel Baptista, na reunião de Câmara de 26 de Janeiro, após o Tribunal de Contas ter solicitado a relação dos vis-tos das empreitadas financiadas por fundos comunitários, na adesão do município ao PAEL (Programa de Apoio à Economia Local).
Em Março de 2013, o Tribunal de Contas solicitou à Câmara Municipal a relação das empreitadas que obtiveram visto prévio desde 2009. Um dos vistos enviados dizia respeito à empreitada do Centro Educativo do Cávado, em Monsul.
Além desta pretensão da CCDRN, que pede a devolução da verba, decorre um processo criminal relacionado com a falsificação do visto do Centro Educativo do Cávado, no qual são co-arguidos o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, e a ex-chefe da Divisão Jurídica e Administrativa da Câmara Municipal. Detectado o falso visto, o Tribunal de Contas comunicou o caso à Polícia Judiciária.
Este foi o assunto em destaque na reunião da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, de 26 de Janeiro, com os deputados do PS a solicitar esclarecimentos ao presidente Manuel Baptista sobre os contornos de todo este processo.
Manuel Baptista mostrou-se tranquilo quanto ao processo criminal.
O ‘Maria da Fonte’ sabe que o autarca vai solicitar a instrução do processo e que tem na sua posse um conjunto de documentos que contrariam as declarações da ex-chefe da Divisão Jurídica e Administrativa. De entre os vários crimes imputados aos dois arguidos, destaca-se a falsificação de documentos.
A autarquia apresentou também uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto para “travar” a pretensão da CCDRN.

Centro Educativo do Cávado, em Monsul

Presidente da Câmara mostra-se 
tranquilo e quer resolução rápida

À margem da reunião de Câmara, Manuel Baptista mostrou-se tranquilo quanto a todo o processo. “Estou tranquilo nessa questão. Espero que este assunto seja resolvido neste mandato. Neste momento, vou inteirar-me melhor da notícia. Hoje mesmo, a Câmara irá fazer um comunicado”, disse o autarca, referindo-se a uma notícia publicada por um jornal nacional, que dava conta de que a autarquia teria que devolver 1,8 milhões de euros.
Questionado por um jornalista se a funcionária chegou a assumir que falsificou o alegado visto, Manuel Baptista referiu que há um relatório onde constam as declarações que, segundo sabe, a ex-técnica da autarquia assumiu que foi ela que falsificou mas foi por “pressão do sr. presidente que ela falsificou o documento”.
Quanto a justificações para o sucedido, o autarca revelou que “ela (a ex-técnica) não tinha a ganhar nada nem a Câmara tinha que pagar nada. É um processo normal (o pedido do visto)”.
“Ela não enviou para o Tribunal de Contas o processo que lhe foi dado pela parte dos fundos comunitários e financeira para ser enviado ao Tribunal de Contas. Foi uma fase em que ela andava desequilibrada, por isso é que ela teve um processo disciplinar”, disse o autarca, revelando que aguarda serenamente o desfecho de todo este processo.
Questionado se os documentos estavam todos reunidos para que fosse atribuído o visto, Manuel Baptista adiantou que “a Câmara tinha toda a questão financeira resolvida, tinha toda a legalidade para fazer a obra. Faltava o visto e o visto só faltou por falta de competência e desleixo da técnica”, assume o autarca, dando conta do processo que levou o despedimento da ex-chefe da Divisão Jurídica e Administrativa, mas que nada tem a ver com a falsificação do alegado visto.
Manuel Baptista revelou que a Câmara apresentou uma providência cautelar relacionada com a pretensão da CCDRN, em que a autarquia tem de devolver o dinheiro recebido dos fundos comunitários. “Não queremos devolver o dinheiro. Tudo farei para não devolver o dinheiro. O dinheiro está caro e faz falta ao município”, salientou o autarca. “Estamos a trabalhar para que tudo esteja esclarecido”, disse.

Centro Educativo de Monsul

Executivo reage em comunicado

Na sequência das notícias vindas a público relativas ao Processo de financiamento do Centro Educativo de Monsul, a Câmara Municipal fez chegar à redacção do ‘Maria da Fonte’ um comunicado, no sentido de “esclarecer e de contribuir para o interesse público que deve imperar sempre nestes processos”.
“Ao longo dos mandatos deste executivo municipal, foram muitas as candidaturas que a autarquia apresentou aos vários eixos e avisos de abertura dos vários programas operacionais geridos pela CCDRN. Em todos os processos, a autarquia seguiu a mesma metodologia de trabalho, adaptando-se aos requisitos dos exigentes termos de abertura dos concursos. Trabalho este que é essencialmente técnico e por isso centrado na Divisão Jurídica e Administrativa”, começa por explicar o executivo.
“Na sequência de uma informação solicitada às autarquias pelo Tribunal de Contas e prontamente respondida, foi verificado que um dos vistos que referíamos possuir nessa mesma informação não cruzava para a informação do Tribunal de Contas. De imediato e com total colaboração da autarquia, foi detectado que o visto junto à candidatura do Centro Educativo de Monsul não era verdadeiro”, pode ler-se no comunicado, com o executivo a explicar que “por ordem do Sr. Presidente da Câmara foi aberto um inquérito interno e apurado que o mesmo havia indevidamente sido falsificado pela Chefe da Divisão Jurídica e Administrativa à data. Esta mesma técnica já não desempenhava funções aquando da detecção desta irregularidade pois havia sido demitida na sequência de um processo disciplinar por falsificação de documentos e apropriação indevida de dinheiros públicos, degenerando num processo judicial onde a envolvida foi condenada a 1 ano e 11 meses de pena de prisão, suspensa na sua execução por igual período, pela prática dos crimes de peculato e falsificação de documento, ambos na forma continuada”.
“Fica evidente para o executivo a inexistência de qualquer responsabilidade nesta desconformidade formal pois a mesma resultou apenas e só de um acto criminoso de uma técnica da autarquia que conforme se percebe atravessava uma fase muito conturbada do ponto de vista pessoal”, pode ainda ler-se.
“Fica também evidente que não resultaria qualquer benefício da falsificação de um visto que podia ser solicitado com toda a naturalidade e à semelhança de outros processos anteriores”, revelam.

“A Póvoa de Lanhoso vive dias tristes”, assumem os vereadores do PS
“Parece-me abusivo que a Câmara Municipal sempre que fala neste assunto impute a responsabilidade a uma técnica, que já não é técnica desta Câmara Municipal. Segundo sei, neste processo-crime, tem o mesmo estatuto que o sr. presidente”, apontou Frederico Castro, vereador do Partido Socialista.
“É muito fácil vender a sua versão e fazer com que ela seja o mais consistente possível”, acusou o vereador do PS. “Faço votos é que o município não saia prejudicado com isso”, pediu Frederico Castro.
Na conferência de imprensa realizada pelos vereadores do PS, após a reunião de Câmara, Frederico Castro assumiu que a Póvoa de Lanhoso vive dias tristes.
“Em última análise, os povoenses é que saem prejudicados com isto. Se a Câmara Municipal tiver que devolver 1,8 milhões de euros mais juros, isso sai directamente dos cofres da autarquia. A autarquia para devolver esse valor não pode fazer determinados investimentos que estão programados para 2015 e quem sabe 2016 e para os anos seguintes. Quem sai prejudicado com isso são os povoenses, é o desenvolvimento do concelho, é a qualidade de vida das pessoas que vivem na Póvoa de Lanhoso”, assumiu Frederico Castro, acusando ainda a autarquia de “sonegar” informações aos vereadores do PS.
“Queremos eu isto se resolva rapidamente e que o município não seja prejudicado em relação às decisões que possam vir a ser tomadas”, disse ainda o vereador do PS.

“Maria da Fonte” tentou obter declarações da ex-técnica da autarquia
Até ao fecho da edição não foi possível obter declarações da ex-chefe da Divisão Jurídica e Administrativa da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso relativamente ao processo-crime relacionado com a falsificação do visto do Centro Educativo do Cávado, em Monsul, na qual é co-arguida, juntamente com o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.

Queres Namorar comigo?

Serviços Educativos levam
Teatro de Sombras às Escolas

Os Serviços Educativos da Biblioteca Municipal Infantil da Póvoa de Lanhoso estão a preparar mais uma história para contar aos alunos das Escolas através de Teatro de Sombras. ‘Queres namorar comigo?’ do conhecido actor João Ricardo é o trabalho a que poderão assistir.
“A proximidade da comemoração do Dia dos Namorados e o facto desta obra fazer parte do Plano Nacional de Leitura remeteu para esta altura a apresentação desta história que conta a odisseia de um caracol apaixonado por uma girafa. É num painel que serão projectadas sombras, que permitem acompanhar o pequenino caracol que se declara à enorme girafa, fazendo comparações que transportam para um mundo de fantasia”, explica a Câmara Municipal.
A ida às escolas iniciou a 4 de Fevereiro e prolonga-se até ao dia 12. Os destinatários são os os alunos do 1.º Ciclo. Na EB 2,3 Prof. Gonçalo Sampaio,  também aos alunos do 5.º ano poderão contar com esta novidade – Teatro de Sombras.
“O material necessário para a apresentação desta história, desde o painel, as figuras, a encenação e a narração foi, mais uma vez, preparado pelos Serviços Educativos e Técnicos do Theatro Club, em estreita colaboração. A encenação desta história surge, mais uma vez, como proposta dos Serviços Educativos, no âmbito da parceria existente com o SABE (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares), inserida nas dinâmicas de desenvolvimento intencional das literacias e da construção de bons hábitos de leitura, junto dos mais pequenos”, explicam ainda os responsáveis.

Iniciativa da Biblioteca Municipal

Bookface - este livro
é a minha cara

Durante o ano de 2015, a Biblioteca Municipal da Póvoa de Lanhoso promove, em colaboração com os leitores, uma actividade mensal designada ‘Bookface - este livro é a minha cara’.
De acordo com a Câmara Municipal, esta iniciativa pretende a divulgação de obras e de autores através de um jogo de esconde/mostra com os leitores da biblioteca e os livros a divulgar. Os leitores darão corpo e os livros a cara, literalmente.
“O objectivo principal do município é a promoção do gosto pela leitura. E, hoje em dia, é importante que encontremos formas diferentes de cativar, sobretudos os mais jovens, para a leitura de livros”, começa por salientar o vereador para a Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Armando Fernandes.
As obras e os leitores seleccionados só serão divulgados no próprio mês da exibição. A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso agradece aos leitores da Biblioteca Municipal que aceitaram participar nesta iniciativa, pois sem eles, a mesma não seria possível. “Aquilo que procuramos fazer é estreitar a relação entre o livro e o leitor. As pessoas, hoje em dia, têm uma vida muito preenchida.     E a leitura de livros não faz parte das suas prioridades. Preferem ler aquilo que vai passando nas redes sociais ou a imprensa. Mas, quando encontram um livro com o qual se identifiquem, a disponibilidade para a leitura tende a aumentar”, argumenta o mesmo responsável.
Esta foi, portanto, uma forma divertida de aproximar os leitores aos livros. Eles têm que pegar neles, observar a capa para saber se se coaduna com o seu espírito - no fundo eles vão entrar numa espécie de simbiose!  - e, ao fazer isto, eles lêem o título do livro assim como vêem o nome do autor e isto pode levar a uma vontade de saber mais, tanto sobre o assunto como sobre o escritor.
A Biblioteca Municipal da Póvoa de Lanhoso terá mensalmente um título em destaque para esta rúbrica, criando um painel sempre renovado de fotos dos leitores com o seu livro-cara (a que chamaremos  bookface, fazendo aqui também uma espécie de trocadilho com o popular facebook, combinando ironicamente o que de alguma forma afasta os jovens da leitura com o incentivo à leitura); uma exposição bibliográfica e fotográfica; um caderno BMPL, que já vai na sua 86ª edição, com a biografia do autor, um resumo da obra, um destaque para o tema ou temas abordados no livro, um trecho da história, uma lista de outras obras do mesmo autor ou sobre o mesmo assunto existentes na biblioteca e um conto de José Saramago.
Em Janeiro, a obra que empresta a cara aos nossos leitores é ‘A história de Ana’ de Jenna Bush em colaboração com a UNICEF. Trata-se da história verídica de uma jovem de 17 anos, vítima de abusos, mãe adolescente e infetada com HIV. Este livro permitiu uma abordagem aos temas da violência, dos abusos, da maternidade na adolescência, do HIV, da Sida e da determinação pessoal. Conduziu-nos também a um conto muito interessante de José Saramago, ‘Centauro’, que terá sido publicado numa antologia de contos na Alemanha, Itália França, Grécia e México na véspera do Dia Mundial da Luta Contra a Sida em 2004.
Os leitores, de todas as idades, têm mostrado um carinho muito especial pelo ‘Bookface – este livro é a minha cara’ na medida em que  se interligam tão pessoalmente com os livros. A tendência é para um crescendo de leitores participantes, visto que os retratados têm amigos que também gostariam de o ser e é muito mais fácil caminhar até à biblioteca pela mão de um amigo do que sozinho.

Garfe

Homenagem ao padre
Luís Fernandes

Um grupo de habitantes de Garfe, Póvoa de Lanhoso, constituindo-se como comissão organizadora representativa das forças vivas da terra, vai le-var a efeito neste domingo, no dia 8 do mês de Fevereiro, uma singela homenagem ao pároco daquela freguesia, Rev. Padre Luís Peixoto Fernandes.
A homenagem pretende relembrar a sua chegada a Garfe, como pároco, a 5 de Fevereiro de 1995. Comemora-se, pois, o 20.º aniversário dessa data e honra-se nesta iniciativa o pároco pelo profícuo trabalho que, nestes vinte anos, desenvolveu na promoção religiosa e cívica, não só da paróquia, como da freguesia e de toda a comunidade Garfense da qual é, aliás, oriundo.
Nascido em Garfe em 19 de Outubro de 1949, o Padre Luís fez a escolaridade primária na freguesia natal, prosseguindo depois estudos nos seminários de Braga. Foi ordenado sacerdote em 13 de Junho de 1974, tendo a sua ‘Missa Nova’ ocorrido em Garfe a 28 do mês seguinte. Foi depois, professor no seminário de Nossa Senhora da Conceição, em Braga, e pároco nas freguesias de Penselo, Gominhães e S. Torcato, do arciprestado de Guimarães; Taíde, S. Martinho de Campo, Fontarcada, Arosa, Castelões e, como se disse, de Garfe, desde há vinte anos a esta parte.
Nestes duas décadas, o Padre Luís criou em Garfe um Centro Social e Paroquial com Centro de Noite, Apoio Domiciliário a idosos e Atividades de Tempos Livres para crianças, sendo ainda fundador e dinamizador do Agrupamento de Escuteiros, Fanfarra, Rancho Folclórico, fundador e diretor do Jornal de Garfe, autor de um livro sobre as capelas da paróquia, para além de outras iniciativas. De entre estas merece destaque, pelo sucesso já alcançado e pela projeção que tem feito da localidade não só no país como no estrangeiro, através de divulgação pelos órgãos de comunicação, a criação da iniciativa ‘Garfe, Aldeia dos Presépios’, que este ano se realizou pela 15.ª vez e que, com o empenho de toda a comunidade, leva à construção de cerca de dezena e meia de presépios em locais públicos noutros tantos lugares da freguesia.
O programa da homenagem tem início às 11 horas deste domingo - 8 de Fevereiro - com uma Missa de Acção de Graças, à qual se seguirá a apresentação de um pequeno livro sobre o Padre Luís, obra que reúne testemunhos de alguns amigos do sacerdote e uma nota biográfica. O livro, coordenado por José Abílio Coelho e Antonieta Fernandes, conta com um prefácio de autoria de D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz.
À apresentação do livro, que terá lugar logo após a celebração da eucaristia, segue-se um almoço de confraternização nas imediações da igreja, no qual poderão participar todos os garfense que façam a sua inscrição junto das pessoas da referida comissão. Mais informações sobre as inscrições podem ser obtidas através dos telefones 963 698 188 ou 964 240 146.